UM TERÇO DE SUBSCRITORES FALAM AO TELEFONE : Tuaha Mote, PCA do INCM
Segundo Tuaha Mote, são cerca de 14 milhões de números activos e isso não significa que há 14 milhões de pessoas a falar ao telefone, pois é comum uma única pessoa ter três números ou fazer a subscrição com as três operadoras. Acrescentou que se dividir os 14 milhões por três operadoras verifica- -se que, em rigor, 1/3 dos 14 milhões de subscritores é que têm acesso à telefonia móvel. “Mas também há situações em que as pessoas usam um único número. Por isso, as nossas estatísticas são baseadas em números de cartões adquiridos às operadoras”, explicou. Quanto à internet, o PCA do INCM esclareceu que existem cerca de seis milhões de moçambicanos com acesso a estes serviços e no momento existem cerca de 15 milhões de dispositivos móveis conectados à rede de Comunicações em Moçambique. “Infelizmente, ao nível da região, a nossa taxa ainda continua baixa se tivermos como base a nossa densidade populacional. É por isso que estamos a investir na diversificação de tecnologias para que maior número de pessoas consiga se conectar às tecnologias de informação e comunicações”, vincou. Numa outra linha de abordagem, Tuaha Mote, realçou que existe uma estratégia que passa pela literacia digital e já está a se trabalhar no sentido de o cidadão saber o que é importante nas redes sociais e o que é “lixo”. “Infelizmente, grande parte dos moçambicanos usa a internet para coisas sem utilidade para a sua formação como pessoa. Também queremos avançar para uma literacia mais intrusiva, pedindo ao cidadão para fazer contas. Por exemplo, se a pessoa introduziu no seu cartão uma recarga de 500 meticais e converteu para gigas de internet, activa dados móveis e recebe vários vídeos de amigos e depois reencaminha para outros amigos, é preciso que saiba que os seus dados foram consumidos quer na recepção do vídeo assim como no reencaminhamento, e no fim vai descobrir que os seus dados foram consumidos para questões fúteis”, elucidou. Vincou que o cidadão deve consumir a internet para coisas construtivas, informações que podem ser úteis para a sua aprendizagem. “É por isso que nas praças digitais que estamos a criar pelo país, temos lá a componente de conteúdos relevantes na educação, cultura, produção agrícola, saúde entre outros”, concluiu