Tecnologia contra o sinal pirata: INCM dedicado a combater pirataria televisiva

Um sinal. Milhares de telas. E, por vezes, uma única brecha tecnológica capaz de comprometer todo um ecossistema audiovisual. Durante dois dias, os corredores da sede do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) receberam especialistas, técnicos e representantes do sector de radiodifusão para um workshop que vai muito além da teoria: o combate à pirataria na televisão.

O encontro, promovido pelo INCM, reuniu agentes-chave para discutir estratégias modernas de combate ao acesso ilegal de conteúdos televisivos, um desafio crescente com o avanço das tecnologias de codificação, streaming e retransmissão digital.

“Hoje, a pirataria não se faz mais com antenas parabólicas ou decodificadores simples. Ela está na nuvem, nos aplicativos, nos IPTV falsificados que cruzam fronteiras invisíveis”, afirmou um dos palestrantes, técnico em segurança de redes digitais.

A iniciativa, de cariz técnico, mas também estratégico, não apenas apresentou casos concretos de pirataria enfrentados em Moçambique e na região, como também explorou ferramentas inovadoras de rastreamento de sinal, criptografia avançada e parcerias interinstitucionais para a protecção de conteúdos.

O evento não foi apenas informativo, mas também provocativo: Como garantir o acesso legal e acessível ao entretenimento em um país com desigualdades digitais? Como punir os infratores sem penalizar o consumidor comum, muitas vezes vítima da falta de alternativas?

Para além dos debates, o workshop abre caminho para a formulação de políticas públicas mais robustas, integrando actores como as operadoras de televisão, os produtores de conteúdo e os órgãos reguladores.

A pirataria é uma sombra que corre à velocidade da internet. Mas encontros como este mostram que também as respostas podem e precisam ser ágeis, colaborativas e tecnologicamente informadas.


Categoria: Tecnologia

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