Simeão João inspira a sua filha

Simeão Hilário João é um homem determinado e com objectivos bem claros sobre os caminhos a seguir para atingir outros patamares. É PhD em matemática e possui mínimas em inteligência artificial, já trabalhou como professor em Moçambique, Quénia e Zimbabué. Já esteve em vários países africanos e viveu nos Estados Unidos da América. De volta ao país que o viu nascer, exerce actualmente a função de Director de Formação, Pesquisa e Inovação no Parque de Ciências e Tecnologia de Maluana, no distrito de Manhiça, província de Maputo.

A sua paixão não se restringe apenas na ciência e tecnologia, aprecia também o desporto tanto é que jogou voleibol e foi um dos integrantes da 1ª selecção nacional da modalidade que venceu o campeonato da Zona VI, na década de 80. Actualmente, apesar de não estar no activo desportivamente falando, é treinador e empresário de sua filha, Angelina, uma tenista promissora com um futuro brilhante e que tem o pai como um grande incentivador na sua carreira.

Um dos maiores sonhos de Simeão João é de ver a sua filha jogar para a selecção nacional da modalidade e que ela use o ténis como forma de tornar-se numa pessoa melhor, dando o seu contributo para o desenvolvimento deste desporto.

Para além do desejo de ver a Angelina noutros patamares, Simeão diz que Moçambique tem um grande potencial de atletas, porém falta um pouco de incentivo e formação. Dai que chama a consciência dos fazedores do desporto e do Governo no sentido de criarem condições para o bem das modalidades desportivas.

“Nós é que devemos tirar o país na situação em que se encontra actualmente. Deve-se criar infra-estruturas desportivas, abrir espaços e massificar o desporto a nível nacional”, disse.

Segundo Simeão, para que o desporto moçambicano evolua e atinja outros horizontes, deve-se criar academias, ir às escolas buscar meninos para formá-los. “Deve-se incutir nas crianças a cultura desportiva, só assim dias melhores virão”, disse.

Vincou que deve-se valorizar o trabalho individual e colectivo, procurando sempre copiar os melhores. “Existem países pequenos e com um número reduzido de habitantes, mas conseguem ter uma boa qualidade desportiva. Agora imagina Moçambique com mais de 30 milhões de habitantes, composta maioritariamente por jovens. Acho que podemos fazer melhor se todos mudarmos de mentalidade e acreditar mais no talento que o país tem”, acrescentou.


Categoria: Entrevista

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