O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, que falava durante a realização do Economic Briefing promovido pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), na quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024, na cidade de Maputo, afirmou que políticas monetárias restritivas continuam a condicionar o crédito a economia, num contexto em que as taxas de juro elevadas tornam crédito muito caro para o sector empresarial.

Valá, que  abordou o tema “As Dinâmicas do Mercado Bolsista no IV Trimestre  e Balanço Anual 2023”, destacou pela positiva o facto de nos princípios deste ano, o Comitê de Política Monetária do Banco de Moçambique ter baixado a taxa MIMO para 16.5%, o que abre boas perspectivas para o país em geral e para o sector empresarial em particular.

O PCA da Bolsa, acrescentou que registou no quarto trimestre de 2023, uma evolução dos principais indicadores macroeconômicos, onde se destacam o volume de negócios, a capitalização bolsista e o índice de liquidez que registaram um crescimento notável.

No que se refere às empresas cotadas, Valá destacou que o ano de 2023 foi marcado pela admissão a cotação de quatro empresas, nomeadamente: Wiyue, Zaya Group, Trassus e RGS Agro, além da situação encorajadora da empresa Rede Viária de Moçambique (REVIMO) que transitou do terceiro para o segundo mercado bolsista.

Na mesma abordagem, o PCA da BVM realçou que a incubadora de empresas lançada pela CTA pode contribuir para a expansão dos sectores que se financiam através do mercado de capitais, um factor que segundo Valá, possa contribuir para que o número de empresas cotadas suba para 30 nos próximos quatro anos.

Categoria: Economia