Pedro Nuno Teixeira defende aposta na inovação curricular
O secretário de Estado do Ensino Superior de Portugal, Pedro Nuno Teixeira, defende uma aposta na inovação curricular, associada à inovação pedagógica que já tem vindo a ser desenvolvida nas instituições e entende que as instituições não devem confortar com o que alcançaram, pois “a responsabilidade que têm para os próximos anos é claramente a questão da inovação pedagógica, escreve o ECO no seu site, partilhado pelo Professor Doutor, Lourenço Dias da Silva, Director Geral da Escola Superior de Gestão Corporativa e Social (CBS).
“Não basta mexermos na forma como ensinamos e avaliamos, se não mexermos naquilo que ensinamos e naquilo que são os objetivos de aprendizagem. Sabendo eu, enquanto professor, que é mais fácil mexer na primeira do que mexer na segunda. Precisamos de olhar de uma forma integrada para as dimensões pedagógicas, para as dimensões de aprendizagem, mas também para as dimensões curriculares”, disse Pedro Nuno Teixeira, na apresentação dos resultados do projeto ‘Link Me Up – 1000 Ideias’, no Politécnico de Leiria.
De acordo com o mesmo site, o governante considerou que o projeto ‘Link Me Up – 1000 Ideias’ foi “muito importante, porque procurou exatamente mexer nessas duas dimensões: na dimensão pedagógica, mas também, como integrar o processo de ensino/aprendizagem num conjunto de objetivos, nomeadamente de cocriação, seja no contexto das instituições de ensino superior, seja com os parceiros”.
Pedro Nuno Teixeira citado pela ECO, realçou que nunca Portugal teve “tanta gente a estudar no ensino superior”, nem “nunca o ensino superior foi tão valorizado social e economicamente”.
“Só conseguimos ter uma trajetória de futuro em termos do país, se continuarmos a investir mais em termos de ensino superior e da ciência. Mas, ao mesmo tempo, não temos a noção de que as transformações que estão a acontecer do ponto de vista tecnológico, social e económico não dão muito espaço para complacência e para o risco”, acrescentou.
O secretário de Estado entende que as instituições não se devem confortar com o que já alcançaram. “A responsabilidade que temos para os próximos anos é claramente a questão da inovação pedagógica curricular. Fizemos um caminho extraordinário do ponto de vista da investigação científica e isso tem também os seus desafios, nomeadamente de crescimento e consolidação do sistema. Mas precisamos agora de reforçar a atenção na dimensão de ensino, relembrando que a nossa primeira missão, enquanto sistema, enquanto as instituições, é a missão do ensino”, reforçou.
O site que temos vindo a citar, diz que , Pedro Nuno Teixeira considerou que o “ensino é um bocadinho o parente pobre do sistema”, pois, no “discurso público”, o “sistema de ensino superior e as instituições de ensino superior, valorizam muito aquilo” que é feito do “ponto de vista da inovação, da investigação e até da internacionalização”. Este projeto “reafirma a centralidade dessa missão ao nível das instituições de ensino superior”.
Segundo o secretário de Estado, o programa “Impulso Mais Digital” foi inspirado em projetos como o ‘Link Me Up – 1000 Ideias’, com dando “um passo à frente naquilo que foi o curso, apesar de tudo muito positivo nos últimos dez anos, do ponto de vista da valorização da inovação pedagógica”.
Segundo o governante, há dez anos quando se falava de inovação ou formação pedagógica no ensino superior, alguns professores “arregalavam os olhos e diziam: ‘isto não é coisa para o ensino superior, isso é uma coisa das escolas secundárias e os docentes não precisam de ser ensinados, nem precisam de refletir sobre a forma como ensinam ou como avaliam”.
“Hoje, felizmente, muito poucos questionam a importância de repensar a forma como nós trabalhamos em termos de ensino superior. Agora temos de passar para outro patamar, para uma fase inicial pioneira, de institucionalização. E nesta fase, Pedro Nuno Teixeira defende a “dimensão de cooperação institucional”. “Não vemos impedimento para que as instituições façam, por exemplo, formações pedagógicas em conjunto, partilhem recursos digitais e consolidem essas redes de colaboração”, reforçou.