O Museu de História Natural de Maputo está a passar por um processo de modernização e requalificação, com o objectivo de tornar o espaço mais acessível, inclusivo e autossustentável. Este ambicioso projecto conta com o financiamento da Agência de Cooperação Italiana em Maputo e a supervisão da Universidade Sapienza di Roma, buscando integrar o melhor da cultura moçambicana e italiana para criar um museu mais moderno e dinámico.

Durante uma visita recente ao museu, o Embaixador da Itália em Moçambique, Gabriele Annis, destacou a importância desta iniciativa para fortalecer a cooperação entre os dois países e para valorizar o património cultural e natural de Moçambique. “Nós, italianos, estamos colaborando com a Universidade Eduardo Mondlane e o Museu de História Natural, unindo competências para recuperar este grande espaço, para que seja aproveitado pelos moçambicanos e pelo público internacional. Aqui, temos amostras únicas no mundo, que precisam ser valorizadas”, afirmou o diplomata.

A requalificação do museu envolve uma série de melhorias estruturais significativas, com foco especial na acessibilidade. Entre as mudanças previstas, destaca-se a instalação de elevadores e rampas, garantindo maior mobilidade para cadeirantes. Além disso, o projecto contempla a implementação de soluções para pessoas com deficiência auditiva, com a instalação de sistemas de apoio, tornando o museu mais inclusivo para todos os visitantes.

Outro aspecto importante do projecto é a criação de estruturas que garantirão a autossustentabilidade do museu. A abertura de um café e de uma livraria está prevista, com o objectivo de gerar receitas e assegurar o funcionamento contínuo do espaço. Com isso, o museu poderá se tornar financeiramente auto-ssustentável, oferecendo uma base sólida para o seu funcionamento a longo prazo.

A directora do Museu de História Natural, Lucília Chuquela, frisou a importância dessas mudanças para ampliar o acesso ao conhecimento. “Antes, havia um grupo que estava excluído e tinha dificuldade de acesso, e isso será resolvido com essas melhorias”, declarou Chuquela, reforçando o compromisso do museu com a inclusão.

Com a reinauguração do museu agendada para o início de julho, a nova fase de valorização do património histórico e natural de Moçambique estará prestes a começar. O projecto não só reafirma o compromisso entre Moçambique e Itália com a promoção da cultura e educação, mas também com a acessibilidade, garantindo que mais pessoas – tanto locais quanto internacionais – possam desfrutar deste espaço único, que agora será mais inclusivo e adaptado às necessidades de todos.

Este processo de modernização promete transformar o Museu de História Natural de Maputo em um centro cultural de referência, acessível, sustentável e dinámico, consolidando-o como um local de grande importância para a educação e a preservação da memória histórica e natural de Moçambique.

Categoria: Cultura