MOÇAMBIQUE TEM DE SAIR DO MARASMO EM QUE ESTÁ
Qual o indicador mais importante para um País? O índice de Desigualdade, aqui já falado? Provavelmente, não.
Moçambique é para a maioria dos Moçambicanos — dos mais variados extractos sociais —, um País que obedece escrupulosamente às doutrinas marxistas sob a Governação FRELIMISTA desde 1975, um País enfadonho, triste, cinzento, com um Índice enorme de cidadãos a viver no Limiar da Pobreza, no Alfabetismo, no Desemprego e sem-eira-nem-beira, e proibidos de Sonhar por uma Vida condigna e justa, logo, não Assustadora para (quase) todos como vem acontecendo há anos….
Raros são aqueles com acesso à Educação, à Alimentação, à Saúde, à Justiça, ao Trabalho e impossibilitados de terem boa roupa, uma casa de cimento condigna onde possam viver. Contudo, apesar de a maioria da População realizar tarefas diferentes, embora com ordenados miseráveis nos mais diversos sectores da Actividade Laboral, recebem exactamente a mesma miséria.
E boa parte dos Moçambicanos — cidadão comum — continuam a utilizar os mesmos transportes públicos a “cair de podre e sem segurança”. Não lêem os livros que são aprovados — para aqueles que sabem ler, evidentemente! — e, pasme-se, o mesmo acontece com a grande parte dos nossos Políticos, Dirigentes e Governantes, embora estes tenham condições mais favoráveis, em termos de ordenado. E todos eles habitam bons Apartamentos, quando não há Vivendas em Bairros “chiques”, com cinco, dez ou mais assoalhadas. Ou seja, todos eles com a mesma distribuição, a mesma sorte e as mesmas áreas.
O índice de desigualdade no nosso País é de 3 para 100, com diferenças abismais entre pobres, remediados e ricos (que ainda são uns tantos). Todos recebem uma “mão cheia” de centenas, senão milhares de Meticais, enquanto outros “o pão que o Diabo amassou”. No entanto, a grande parte desta gente é pobre, pois todos se esforçam por fazer o mínimo possível (verdade seja dita!), uma vez que não têm quaisquer incentivos para produzir mais e melhor, banidos que são/foram dos incentivos para Estudar. Todos se encostam uns nos outros. Será Moçambique, um País feliz? NÃO, não é, pois o coeficiente da Realidade que constatamos é que devia ser generalizado, não mede a riqueza de cada pessoa.
Imagine-se agora um País muito rico, com um PIB per capita muito elevado. No entanto, existe uma enorme desigualdade, um sistema Capitalista desregulado, globalizado, que procura produzir fora, em países de baixíssimos salários, gerando elevado desemprego, cujo exemplo de Moçambique é bem evidente. Na vizinha África do Sul ou mesmo num país como os Estados Unidos da América, existem oportunidades, mas também muitos excluídos, que não conseguem aceder a essas oportunidades. O Liberalismo Económico puro produz muita desigualdade e, sobretudo, demasiado desemprego. O PIB per capita também não será o melhor indicador.
Uma Sociedade Justa deve procurar o Equilíbrio entre o Rendimento, a Desigualdade Mínima e a Felicidade dos seus Habitantes. A Felicidade depende de vários factores, uns puramente naturais, o Clima, a exposição Solar. Basta lembrar alguns países das Caraíbas onde, apesar do rendimento global baixo, todos vivem mais ou menos sorridentes. Todavia, a filosofia de governo não se deve basear no Clima ou na presença de praia ao alcance de todas as bolsas. A filosofia de governo deve orientar-se para a Felicidade e Bem-Estar das pessoas, para a sua Realização Plena. Essa Realização deve passar, naturalmente, pelo trabalho e esse trabalho deve ser uma contribuição para a Sociedade. O Ser Humano vive melhor se se sentir parte de uma Sociedade Justa para a qual é importante.
Como se consegue medir o índice de satisfação pessoal das pessoas com a sua Sociedade e com o seu papel nessa mesma sociedade? Existem diversos índices, mas o índice de desenvolvimento Humano da ONU (a título de exemplo) mede objectivamente o Desenvolvimento de qualquer Nação; nesse índice, Moçambique figura em 130º lugar (já figurou em posições abaixo dos 120º mas a verdade é que nos últimos anos têm sido um descalabro vergonhoso que bem ilustra a miserável Governação deste País nas duas últimas Décadas com a FRELIMO ao “(des)comando” dos seus Destinos, onde casos de Corrupção, de Roubo, de Favoritismos aos Amigalhaços, de Falcatruas sucedem-se umas atrás de outras e a Justiça que temos nada faz para travar esta calamidade vergonhosa. Basta ver o que acontece com as Dívidas Ocultas — ainda por resolver…
Já no que respeita ao recentemente introduzido índice de Felicidade, que se baseia em questionários e análises de indicadores quantitativos como (1) económicos, (2) participação social dos cidadãos, (3) comunicação e tecnologia, (4) diversidade e sua aceitação, (5) educação e famílias, (6) bem-estar, (7) ambiente e energia, (8) alimentação, combate ao Limiar da Pobreza e abrigo, (9) governo e políticas, (10) lei e ordem, (11) Saúde, (12) religião e ética, (13) transporte, e (14) trabalho — Moçambique figura na miserabilíssima posição 127ª, atrás de países tão carismáticos como El Salvador, Equador, Jamaica, Venezuela (!), Azerbaijão e Líbia. Portugal e Brasil figuram, designadamente, em 41ª e em 22º lugar e a Espanha em 34ª posição! A Noruega encabeça ambos os índices, mesmo com falta de Luz Solar e o Fresquinho que lá faz.
Aqui chegados é caso para dizer que o nosso País é velho, triste, cinzento, e que temos dos piores índices da África Austral e dos Países que constituem os PALOP´s. (para não referirmos àqueles que fazem parte da OCDE). O problema desta falsa democracia em que vivemos é que matámos a Esperança de todo um País.
Nem o Campeonato de futebol nem os malabarismos de Filipe Nyusi “à cata” das “deslocações ao Estrangeiro” e às selfies conseguem disfarçar que Moçambique não acredita em si próprio. O que era evidente através de indicadores de Desesperança, como a baixa Natalidade actual e específica das mulheres africanas (onde se inclui Moçambique), torna-se evidente com este indicador de bem-estar geral e que aparece citado no “World Happiness Report”.
A FRELIMO Socialista-Comunista que temos vindo a aturar desde sempre, tem de se assumir como alternativa a esta situação terrível que afecta o nosso País e que é característica de uma Sociedade envelhecida, a definhar, quase morta, por um lado, e de uma Juventude a querer erguer-se em força, por outro lado. A verdade é que se esta situação não se inverter nos próximos vinte anos, Moçambique está condenado como país. A África do Sul está numa posição muito acima da nossa, convém não esquecer.
Surpreendente é também que nenhum Político, Dirigente, Responsável Carismático (ou não) pela FRELIMO não cite este índice. Seria muito útil, para a RENAMO e para o MDM, como Partidos da Oposição — e com Assento na Assembleia da República —, viesse a utilizar dados factuais para combater as políticas inimigas dos cidadãos que têm sido desenvolvidas nos últimos 49 anos, desde que o nosso País ficou Independente.
Alguém dúvida…?
Durante os Governos da falsa Frelimista-Socialista — deste Chissano, Guebuza e Nyusi —, estes índices agravaram-se muitíssimo. Apenas com Qualificação e Investimento no Ser Humano poderemos ultrapassar esta situação. É tempo de deixar cair as Empresas que têm de cair, de acabar com a venda ambulante pelas ruas das cidades, com a proliferação dos Dubanegues, e investir nas pessoas, nas suas Qualificações, e dar-lhes Igualdade de Oportunidades. É preciso criar Postos de Trabalho e acabar com a Criminalidade. O sistema actual de Moçambique é de um socialismo de esquerda mafioso, em que apenas os amigos dos Membros do Partido e da Governação têm acesso aos Capitais, aos apoios bancários, aos Contratos, à Legislação Favorável. Não existe Competitividade porque à Corrupção endémica destes Senhores não lhes interessa a Competitividade. Alguma dúvida?
Como sair deste ciclo vicioso? Apenas através da criação de Novos Partidos, informados, com Dirigentes Qualificados, que falem ao coração do POVO MOÇAMBICANO e lhes mostrem as alternativas. Essas passam por uma Justiça séria, pela Qualificação, pelas Oportunidades abrangentes dos mais diversos Sectores da Sociedade, à Educação e pela Verdadeira Liberdade de Oportunidades no Trabalho, na Economia e no Horizonte de todos os Cidadãos, independentemente da Raça, da Religião e das Simpatias Políticas que possam ter. Em suma: o Governo tem que estar em sintonia com o Povo. Só assim o nosso País pode augurar dias melhores para todos e Moçambique tornar-se num País Verdadeiramente Apetecido, onde valerá a pena Investir e todos sermos Felizes.
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29.11.2024