A recente publicação da Organização Mundial das Telecomunicações (ITU), edição de 2024, destaca um avanço significativo de Moçambique no Índice Global de Segurança Cibernética. O país passou de um somatório total de 24.19 pontos para 66.05 pontos, o que representa um aumento impressionante de 41.86 pontos. Esse progresso notável é atribuído, principalmente, ao crescimento nos pilares de medidas organizacionais e de cooperação.

Embora o pilar técnico e legal tenha sido o ponto forte de Moçambique na edição de 2020, o relatório de 2024 sublinha o desenvolvimento contínuo em todas as áreas avaliadas, com especial ênfase nas medidas de cooperação. Esses avanços refletem o esforço do país em fortalecer sua infra-estrutura e políticas de segurança cibernética, aumentando sua resiliência e capacidade de resposta a ameaças cibernéticas.

Este salto é particularmente importante, pois melhora a posição de Moçambique em um cenário global onde a segurança cibernética se torna cada vez mais crucial para a protecção de dados e sistemas em escala nacional e internacional.

O relatório da edição de 2024 do Índice Global de Segurança Cibernética (GCI), publicado pela Organização Mundial das Telecomunicações (ITU), destacou o avanço significativo de Moçambique, que passou de 24.19 pontos para 66.05 pontos, representando uma subida de 41.86 pontos. Embora o país tenha registrado melhorias em todos os cinco pilares avaliados, a capacitação foi uma área que ainda necessita de maior atenção, com apenas 7.93 pontos, apesar do crescimento de 4.01 pontos em relação à edição anterior.

O GCI mede o compromisso global dos países em termos de segurança cibernética, com o objectivo de aumentar a conscientização sobre sua importância. Avalia cinco pilares fundamentais: (i) Medidas Legais, (ii) Medidas Técnicas, (iii) Medidas Organizacionais, (iv) Desenvolvimento de Capacidades, e (v) Cooperação. O relatório baseia-se em dados coletados entre 2023 e 2024, com 194 países participantes que responderam a 83 perguntas distribuídas entre 20 indicadores.

Em 2024, Moçambique se destacou pelo progresso nos pilares organizacionais e de cooperação, mantendo o crescimento nos demais. No entanto, como indicado por Lourino Chemane, Presidente do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), a área de capacitação requer mais investimentos. Ele sublinhou a importância de colaboração entre vários sectores — desde instituições de ensino até empresas — para melhorar a segurança cibernética no país.

Os esforços para desenvolver capacidades cibernéticas incluem a introdução de cursos em instituições de ensino superior, a criação de laboratórios de pesquisa e o estabelecimento de uma Academia de Segurança Cibernética.

 Em paralelo, há iniciativas legais em andamento, como a aprovação de novas leis de crimes cibernéticos e de protecção de dados, que contribuirão para o fortalecimento da estrutura legal e técnica do país.

Essas ações são essenciais para garantir que Moçambique continue a melhorar no ranking global de segurança cibernética e esteja melhor preparado para enfrentar as ameaças digitais, promovendo um ambiente digital seguro e sustentável.

Categoria: Tecnologia