Celebra-se a partir deste mês de fevereiro, o Mês da Internet Mais Segura, uma iniciativa global dedicada a promover a conscientização sobre a segurança cibernética e a promoção de práticas seguras no espaço online, uma iniciativa que surgiu devido a crescente importância da segurança digital em um mundo cada vez mais interconectado.

O Mês da Internet Mais Segura foi originalmente convencionado em 2004 pela Rede Insafe, uma rede europeia de sensibilização para a segurança na internet, em resposta à crescente necessidade de conscientização sobre os riscos online. Esta escolha simbólica foi feita para ressaltar a necessidade de envolvimento tanto de jovens quanto de adultos na promoção da segurança cibernética.

Em Moçambique, o Mês da Internet Mais Segura é uma oportunidade crucial para educar a população sobre os riscos online e as medidas que podem ser tomadas para proteger dados pessoais e informações sensíveis. Além disso, as celebrações visam fortalecer as Políticas, Leis e Regulamentos relacionados à segurança cibernética no país, garantindo que Moçambique esteja adequadamente equipado para lidar com os desafios emergentes no espaço digital.

Com a rápida expansão da tecnologia e do acesso à internet em Moçambique, o Mês da Internet Mais Segura desempenha um papel fundamental na construção de uma cultura de segurança cibernética. Os objectivos incluem a promoção da conscientização pública sobre ameaças online, a disseminação de recursos educacionais sobre práticas seguras na internet e o fortalecimento da cooperação entre governos, sector privado e sociedade civil para enfrentar desafios cibernéticos comuns.

Para muitos países, incluindo Moçambique, a segurança digital não é apenas uma questão técnica, mas também uma questão de desenvolvimento socioeconômico, garantindo a confiança dos cidadãos na utilização da internet para comunicação, comércio e educação. Assim, o Mês da Internet Mais Segura desempenha um papel crucial na construção de uma infra-estrutura digital resiliente e segura que beneficia a todos os moçambicanos.

Em consonância com esse esforço, Moçambique está activamente envolvido na VII Sessão do Comité Ad-Hoc da ONU para a elaboração da convenção contra o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação para Fins Criminosos que decorre de 29 de Janeiro a 09 de Fevereiro em Curso em Nova York.

Representantes de Moçambique se juntaram a líderes mundiais em uma reunião histórica para discutir e elaborar estratégias para combater o uso indevido de TIC para perpetrar crimes online. Acredita-se que esta convenção assumir uma importância crucial no actual panorama digital, onde o uso malicioso de ferramentas ligadas a Inteligência Artificial pode ter repercussões devastadoras, desde fraudes financeiras até ataques cibernéticos em larga escala.

Para o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), Lourino Chemane, a participação activa de Moçambique nesta convenção demonstra seu compromisso em enfrentar os desafios emergentes no cenário cibernético e proteger seus cidadãos contra ameaças online. Chemane entende que através de cooperação internacional e esforços colaborativos, o país busca fortalecer suas defesas cibernéticas e promover um ambiente digital mais seguro e confiável para todos.

“Além disso, esta sessão coincide estrategicamente com o início do Mês da Internet Mais Segura. Isso ressalta a interconexão entre esses eventos e a importância de promover uma cultura de segurança cibernética não apenas em nível global, mas também localmente, garantindo que os cidadãos estejam conscientes dos riscos e saibam como se proteger em ambientes digitais”, disse Chemane.

Num outro Desenvolvimento,  Chemane destacou uma série de iniciativas que serão promovidas pelo INTIC durante o Mês da Internet Mais Segura, com maior enfase para o dia 7 de Fevereiro, Dia da Internet Mais Segura. Estas incluem conscientização sobre o uso seguro da internet através de materiais educativos, palestras em várias escolas sobre segurança cibernética, workshops para harmonização de Propostas da Lei de Crimes Cibernéticos e vários webinars, alguns dos quais serão realizados em colaboração com o Conselho Nacional de Segurança Cibernética de Portugal, dentre outras actividades que visam educar e capacitar a população sobre os riscos e melhores práticas online.

Categoria: Tecnologia