Na manhã quente de quinta-feira (08), Maputo foi palco de um evento que, mais do que uma simples cerimónia, foi um verdadeiro marco na caminhada digital de Moçambique. A gigante tecnológica Huawei reuniu estudantes, académicos, representantes governamentais e parceiros internacionais na sua Cerimónia Anual do Ecossistema de Talentos Digitais, uma celebração das conquistas e do compromisso com o futuro das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no país.

No auditório repleto de jovens ansiosos, a atmosfera era de entusiasmo. Havia quem apertasse os cadernos contra o peito, como quem segura um sonho prestes a se concretizar. Outros, de olhos brilhantes, seguiam atentamente cada intervenção, como se escutassem as coordenadas de um futuro que, até há pouco, parecia distante.

No centro da cerimónia estiveram as premiações de instituições e indivíduos que mais se destacaram no universo das TIC durante o ciclo 2024-2025. Foram reconhecidas as novas academias Huawei, os melhores instrutores, academias de excelência e os vencedores da Huawei ICT Competition,  uma competição que testa os conhecimentos práticos e teóricos dos estudantes mais promissores. Entre os ovacionados, a Universidade Pedagógica de Maputo destacou-se como uma das melhores academias do ano, e os nomes dos instrutores Xavier Bila e Faizal Licumba foram celebrados com merecido orgulho. Três jovens: Nério João Jamisse, Xavier Jamal Ilacinho e Coronel Thomas Mykhallas,  conquistaram o pódio regional, representando Moçambique com honra e inteligência na fase africana da competição.

As palavras proferidas pelos presentes traçaram um mapa do que está por vir. Edson Macuácua, Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, destacou que “é através de academias como a da Huawei que assistimos ao crescimento real de talentos moçambicanos nas TIC”. Já o Director Geral da Huawei Technologies Mozambique, Zhang Junming, reforçou que a transformação digital é uma das maiores prioridades do continente e que os estudantes são os verdadeiros protagonistas dessa mudança.

Entre sorrisos contidos e aplausos efusivos, também foi apresentado o programa educacional LEAP – Learn, Employ, Advance and Progress, um ambicioso plano que visa desenvolver competências digitais em escala nacional. Com iniciativas como o “Seeds for the Future” (Sementes do Futuro), a Feira do Emprego e a formação de funcionários públicos em TIC, o programa promete deixar raízes profundas no ecossistema educacional moçambicano.

A Conselheira Económica e Comercial da Embaixada da China, Xu Weili, sublinhou o valor da cooperação sino-moçambicana no domínio digital. “Empresas como a Huawei são peças-chave para esta ponte tecnológica que liga os dois países, sobretudo na promoção da inovação e inclusão digital”, afirmou.

E entre tantas figuras ilustres, foi o professor Jorge Ferrão, Reitor da UP-Maputo, quem sintetizou o espírito do encontro ao afirmar que os 20 anos de presença da Huawei em Moçambique resultaram numa parceria “digna de menção honrosa”, ajudando a moldar o futuro do ensino superior com ferramentas e saberes do século XXI.

No final da cerimônia, com os prémios entregues, os discursos proferidos e os compromissos renovados, o sentimento era claro: Moçambique não está apenas a assistir à revolução digital, está a formá-la, a liderá-la, a vivê-la. E se tudo correr como promete o programa LEAP, os talentos que hoje enchem salas de aula em Maputo, Nampula e Gaza poderão, em breve, estar a liderar projectos em Shenzhen, Joanesburgo ou até mesmo Silicon Valley.

Categoria: Tecnologia