HCB COMEMORA 50 ANOS COM HOMENAGEM AO JORNALISMO NACIONAL

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) vai celebrar em Junho próximo o seu 50º aniversário e para assinalar a efeméride, entre outras actividades, lançou na semana passada, um evento de grande significado – Concurso de Jornalismo HCB 50 Anos -, que contou com a presença de diversas personalidades, destacando-se o secretário-geral do Sindicato Nacional de Jornalistas e a directora do Centro de Documentação e Informação Fotográfica. O evento, realizado na cidade de Maputo, teve como mote a criação de um prémio que visa homenagear a classe jornalística pela sua contribuição contínua para a comunicação e o desenvolvimento do país.

A cerimónia, marcada pela emoção e pelo reconhecimento, começou com um discurso do presidente do Conselho de Administração da HCB, Tomás Matola, que expressou sua gratidão a todos os presentes. “Muito obrigado e boa tarde a todos. É uma grande honra estar aqui hoje, diante de uma classe que tem sido fundamental para o crescimento e desenvolvimento de Moçambique. A nossa história, assim como a história do país, não seria a mesma sem o trabalho incansável dos jornalistas”, afirmou.

A HCB, que tem sido um dos pilares da produção de energia em Moçambique, também utilizou a ocasião para recordar os marcos históricos da empresa. Fundada pouco antes da independência nacional, a hidroecléctrica tem sido um símbolo de perseverança, enfrentando diversos desafios ao longo de cinco décadas, desde as dificuldades iniciais na sua construção até os problemas recentes relacionados com a obsolescência do parque electroprodutor.

 Trajetória da Hidrelétrica de Cahora Bassa

A história da HCB é indissociável da história de Moçambique. A empresa começou sua construção durante a luta pela independência, com a primeira operação da barragem ocorrendo justamente no momento em que o país conquistava sua independência. “A HCB e a independência celebram 50 anos juntos, e isso é motivo de grande orgulho para todos nós”, destacou.

Desde seus primeiros dias, a HCB enfrentou desafios políticos e económicos, como a interrupção do fornecimento de energia à África do Sul nos anos 1980 devido às tensões políticas, mas sempre se manteve firme. Ao longo dos anos, a empresa passou a ser operada por moçambicanos, e em 2007, após negociações, o Estado de Moçambique assumiu o controle de 85% do capital social da empresa, reforçando seu papel no desenvolvimento do país.

Contribuições para o País

A Hidrelétrica de Cahora Bassa tem sido uma importante fonte de receita para o governo moçambicano, com contribuições significativas aos cofres públicos ao longo dos anos. Estima-se que, até o final de 2025, a HCB tenha contribuído com cerca de 1,9 bilhões de dólares, com destaque para os anos de 2023, 2024 e 2025, quando a empresa deverá aportar mais de 850 milhões de dólares ao erário público.

Além disso, a HCB tem desempenhado um papel activo na responsabilidade social, investindo em diversos projectos de electrificação, construção de escolas, hospitais e sistemas de abastecimento de água, entre outras iniciativas. Esses investimentos têm impactado directamente as comunidades, principalmente nas zonas mais remotas do país, e fazem parte da visão da empresa para um Moçambique mais desenvolvido e electrificado até 2030.

No entanto, a HCB também enfrenta desafios significativos. O parque electroprodutor, com 50 anos de operação, exige uma reabilitação profunda para garantir sua eficiência e prolongar sua vida útil. A empresa já iniciou o processo de reabilitação, denominado “CAPEX Vital”, que visa actualizar os principais equipamentos da central e das subestações.

Além disso, a crescente demanda por energia em Moçambique e na região exige investimentos em novos projectos de geração, como a Central Cahora Bassa Norte e a diversificação da matriz energética com a implantação de parques fotovoltaicos. A meta da HCB é atingir uma capacidade de 4.000 megawatts até 2034, um objectivo ambicioso que posicionará Moçambique como um hub energético na região austral da África.

Reconhecimento ao Jornalismo

Em um momento de grande reconhecimento, o presidente do Conselho de Administração da HCB agradeceu à classe jornalística pelo trabalho incansável de informar e documentar os feitos da empresa. “É impossível celebrar 50 anos sem reconhecer o papel fundamental dos jornalistas. A história da HCB tem sido contada, escrita e fotografada por vocês, e sem esse trabalho, muito do que realizamos hoje não teria chegado ao conhecimento de todos os moçambicanos”,disse.

Matola referiu que a criação do prémio, que será concedido anualmente, tem como objectivo homenagear jornalistas e veículos de comunicação que contribuíram para a promoção da transparência, da informação e do desenvolvimento de Moçambique.

“O prémio será um símbolo de gratidão por uma classe que, ao longo dos anos, tem sido uma das maiores aliadas da Hidroeléctrica de Cahora Bassa na comunicação de suas realizações e desafios”, concluiu.


Categoria: Sociedade

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