De Araújo chama à coragem de Matsangaísse e Dhlakama

Por: Roseiro Mário Moreira

“Quelimane é uma zona libertada, é a capital da democracia”, referiu Manuel de Araújo após a sua quarta tomada de posse consecutiva como Presidente legitimamente eleito da autarquia da cidade capital da Zambézia. Inspirado na causa pela qual lutaram os mártires e heróis da revolução pós-independência, que ousaram fundar a Resistência Nacional Moçambicana, o Edil mais destemido de Moçambique e internacionalmente premiado pelos seusfeitos visando levar a sua cidade a Bons Sinais, que somou créditos na luta travada pela recuperação de Quelimane da mega-fraude eleitoral,continua a posicionar-se cada vez mais firme pelo desenvolvimento da democracia, ora bastante apunhalada pelas sextas eleições autárquicas, tem dito com frequência acrescida que:“defenderemos a democracia com nossas vidas! Se nos quiseremmatar estamos preparados para morrer (…)!”

Os pronunciamentos nesse sentido têm ecoado no âmbito das tomadas de posse dos Presidentes dos Conselhos Autárquicos saídos do malabarístico processo que burlescamente chancelou o desvio da vontade dos munícipes na maior parte das Autarquias, oficialmente anunciadas como tendo sido ganhas por quem as marchas de Outubro a Dezembro de 2023mostraram ter sido um vencedor forjado, principalmentenas urbesdeNacala, Nampula, Maputo e Matola.Em apenas quatro Autarquias (Vilankulos, Alto Molócuè, Quelimane e Chiúre)a marca do voto da democracia foi devolvida a seu César como corolário das retromencionadas marchas pioneiradas pelos justos vencedores da Autarquia da Cidade de Quelimane, cujo Edil ora re-empossado, desencadeou uma grande campanha local, nacional e internacional para que a verdade eleitoral fosse reposta.

A propósito, quando se abeiravam as tomadas de posse, mais de meia centena das quais em pose de fraude, houve quem continuasse a gerar e circular boatos grosseiros sobre a libertação de mais Autarquias de entre as mais de duas dezenas reclamadas de forma fundamentada, documentada e até pedagógica pela RENAMO com avultado e jamais visto apoio popular e de organizações nacionais e internacionais de observação eleitoral. Entretanto, preocupado com essa desinformação estratégica dos inimigos da democracia pluralista multipartidária, Manuel de Araújo, Decano Autarca hodierno sem igual nesse nível de liderança em Moçambique, alertava para a continuação da luta por um governo do povo, com este efectivamente no poder, de forma mais enérgica, porquanto tem ciência de que “o poder não se entrega”, segundo um adágio popular.

“Aprendi desde criança que mentir é pecado! Por isso não compactuo com mentiras! Quem disse que a Frelimo vai devolver os municípios onde a Renamo ganhou é mentiroso e por isso pecador! A Frelimo vai tomar posse nos nossos 21 municípios! Todos os que me perguntaram sobre esse assunto expliquei-lhes que conhecendo a Frelimo como a conheço, não vejo essa possibilidade!” – desembrulhavaManuel de Araújo ao público aberto nacional e estrangeiro, questionando se “para termos a democracia mesmo que falsa como a actual a Frelimo deu-nos de bandeja? A Frelimo ofereceu-nos?” Eprescrevendo uma receita para a cura da enfermidade de que padece a nossa democracia nacional e interna (dentro dos partidos):“se quisermos os nossos 21 municípiosprecisamos que o líder do nosso partido abra os olhos e tenha a coragem de Matsangaísse e de Dhlakama!”, os quais “tiveram que ir ao mato e lutar durante dezasseis 16 anos!”

Várias análisesde pensadores da geração de Araújo,alinhados ou não aos regimes ou partidos políticos aventam, porém, que hoje com a luta política e a necessidade de manutenção da paz para o fruir sadio do desenvolvimento, o mato está no seio das cidades, vilas e povoações através  das várias formas de manifestação e pressão popular como mostraram as marchas “TrufafáTrufafá!”, rapidamente assumidas pelos moçambicanosem busca de respostas para os infindos problemas que os apoquentam, sendo o sentido do seu voto a mudança paradigmática no xadrez de governação.

Na proximidade das tomadas de posse, grande parte delas enfermadas de falsa pose, como o afirmamos, Manuel de Araújo, um fenómeno político nacional que colhe simpatias do povo sedento de materializar a palavra de ordem de Samora Machel, recuperada e repopularizada musicalmente por Azagaia, teria prognosticado que “se continuar assim como está era uma vez! Ficaremos apenas com quatro municípios (Quelimane, por sinal a única capital provincial nas mãos da Renamo, Vilankulos, Alto Molócuèe Chiúre)!”consentindo até mesmo a perda das Presidências das Autarquiasde“Nampula, Nacala, Cuamba, Angoche, Ilha de Moçambique e Malema, onde já tínhamos conseguido vencer a luta de libertação democráticae prosseguíamos na prática a nossa governação honrando a coragem dos saudosos heróis Matsangaísse e Dhlakama”.


Categoria: Política

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