CTA e BVM reforçam parceria com foco na incubação empresarial
O novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Pedro Cossa, realizou na quinta-feira, 27 de março de 2025, uma visita de cortesia à Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), onde se reuniu com a Direcção da instituição. Durante o encontro, Cossa garantiu a continuidade da colaboração entre as duas entidades e destacou as reformas em andamento, com especial ênfase na transformação da BVM de Instituto Público (IP) para Sociedade Anónima (SA).
Como parte dessa transformação, a BVM está a passar por uma reestruturação para se alinhar ao funcionamento de uma Sociedade Anónima. Pedro Cossa mencionou que, no contexto dessa reforma, o Diploma Ministerial de Outubro de 1999, que permite aos bancos comerciais actuarem como operadores da bolsa, será revisto. A partir dessa revisão, será concedido um período de pelo menos um ano para que os bancos possam se preparar para a nova fase, sendo que os encontros de trabalho com as instituições bancárias já foram iniciados.
Cossa destacou que Moçambique é um dos poucos países onde os bancos não são obrigados a emitir cotação em bolsa, um aspecto que está sendo considerado nas reformas em curso.
A colaboração entre a CTA e a BVM, já consolidada com a realização do Economic Briefing, tem sido fundamental para o desenvolvimento do mercado de capitais em Moçambique. Um dos principais pontos de destaque da parceria é a participação da CTA no terceiro mercado da BVM, um espaço destinado a funcionar como uma incubadora para pequenas e médias empresas (PMEs) que ainda não atendem aos requisitos para acessar os mercados principais, onde são negociados acções, obrigações e papéis comerciais.
No encontro, a BVM reafirmou sua intenção de fortalecer os projectos em parceria com a CTA e destacou o programa de incubação de empresas, que visa preparar negócios para o acesso aos mercados de capitais. A meta da BVM é aumentar o número de empresas a ingressar no mercado principal, com uma expectativa de incluir pelo menos cinco novas empresas por ano.
A continuidade dessas iniciativas visa impulsionar a inclusão de mais PMEs no mercado de capitais, contribuindo para o crescimento económico sustentável de Moçambique e para a criação de um ambiente mais dinámico para os investidores.
