CRISE NA CTA: ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DA BEIRA DENUNCIA CARTEL DE CORRUPÇÃO

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) está mergulhada numa nova controvérsia que ameaça minar ainda mais a sua credibilidade. Na segunda-feira, 28 de abril de 2025, a Associação Comercial da Beira (ACB) lançou duras críticas à actual direcção da CTA, acusando-a de estar nas mãos de um “cartel de lobistas e corruptos”.

Em declarações públicas, a ACB anunciou que não participará nas próximas eleições da CTA, classificando o processo como “viciado de origem” e afirmando que o modelo eleitoral vigente facilita a compra descarada de votos.

“Não podemos compactuar com um processo que, além de ser profundamente antidemocrático, foi capturado por interesses obscuros. A CTA transformou-se num clube privado de lobistas, onde o mérito empresarial foi substituído por esquemas de favores e corrupção”, declarou um representante da ACB, que preferiu não ser identificado.

Segundo fontes da associação, o actual modelo eleitoral da CTA favorece apenas grandes grupos económicos com acesso a recursos, em detrimento de associações regionais e pequenos empresários, que ficam à margem de qualquer possibilidade de representação legítima.

Estas alegações expõem um conflito latente dentro do seio do empresariado moçambicano, levantando dúvidas sobre a transparência e legitimidade da estrutura que deveria defender os interesses de todos os agentes económicos do país.

A CTA, até ao momento, não reagiu oficialmente às acusações da Associação Comercial da Beira, alimentando ainda mais o clima de desconfiança.

O silêncio da Confederação levanta suspeitas: estaria a CTA realmente capturada por interesses paralelos? Estaremos perante o colapso ético de uma das mais importantes instituições económicas de Moçambique?

Com as eleições marcadas para breve, a pressão sobre a CTA aumenta, e a credibilidade do processo democrático interno está agora sob intenso escrutínio.


Categoria: Economia

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