Concurso para cobertura de desastres naturais
O Governo anunciou este mês o lançamento de um concurso público para a selecção da seguradora que vai prestar protecção financeira aos desastres naturais no País.
O vice-ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, que anunciou o facto, assegura que o concurso vai obedecer à Lei de Procurement nacional, encorajando, por isso, a participação de todas as empresas do ramo nesta iniciativa.
Tivane explicou que, nesta fase, o Governo pretende avançar com o estabelecimento do seguro paramétrico contra ciclones tropicais e precipitação, financiado pelo Banco Mundial.
Falando, esta semana, durante o Seminário de Lançamento do Estabelecimento do Seguro Soberano, que decorreu na capital do País, o governante precisou que o Executivo pretende contratar o seguro paramétrico contra ciclones e precipitação para as próximas três épocas chuvosas e ciclónicas.
“O seguro soberano contra desastres é uma iniciativa pioneira no País e resulta de vários estudos realizados por especialistas que aconselham a enveredar por este mecanismo de protecção financeira contra desastres”, sustentou.
A realização do Seminário enquadrou-se nas acções que o Governo tem vindo a desenvolver visando a criação de premissas fundamentais para o estabelecimento do Seguro Soberano no País.
Pela sua localização geográfica, Moçambique é vulnerável e ciclicamente afectado por eventos extremos como secas, inundações e ciclones tropicais. As estatísticas mundiais sobre calamidades naturais mostram que Moçambique tem um nível de risco alto.
Durante o período 1982-2022, atingiram o País 25 ciclones tropicais de intensidade variável, 11 deles de categoria três, com ventos que variavam entre 134 km/h e 184 km/h como, por exemplo, os ciclones tropicais Gombe (2022), Dineo (2017) e Funso (2012). No mesmo período, três ciclones de categoria 4 (187 km/h – 241 km/h) atingiram Moçambique, nomeadamente o Kenneth, Jokwe e Eline.