O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou na terça-feira (27), durante a visita oficial ao distrito de Chókwè, a suspensão temporária das cobranças em três portagens da província de Gaza, a partir do dia 15 de Junho. A medida visa corrigir o que o Chefe do Estado considerou ser uma operação insustentável, dado o baixo volume de tráfego e os elevados custos de manutenção.

As portagens afectadas são a Chókwè–Macia, Chókwè–Macarratane e Macia–Praia de Bilene. Segundo o Presidente, estas infra-estruturas geram receitas muito aquém das despesas mensais, que incluem salários dos funcionários e custos energéticos.

“Estas portagens não estão a render nada. Só os custos: o salário e a energia mensal. Pelo volume de viaturas que passam nessas portagens, não compensa. Este não é negócio. O volume de tráfego que passa por estas portagens não justifica aquilo que se gasta”, explicou Chapo, acrescentando que a suspensão é temporária e poderá ser revertida caso o cenário económico mude.

Durante o seu discurso, o Presidente da República abordou a necessidade de revitalizar o regadio de Chókwè, um dos maiores empreendimentos agrícolas do país, como forma de alavancar a produção agro-pecuária e criar mais oportunidades de emprego, sobretudo para os jovens.

“Vamos reactivar as fábricas de agro-processamento e dinamizar o regadio de Chókwè para garantir que a produção agrícola se transforme em mais rendimento e mais postos de trabalho para os moçambicanos”, prometeu.

Daniel Chapo não deixou de mencionar o combate à corrupção como pilar essencial para o desenvolvimento sustentável. De acordo com o estadista, práticas ilícitas desviam recursos públicos que poderiam ser canalizados para áreas sociais prioritárias como educação, saúde e infra-estruturas.

“O dinheiro público deve ser usado para construir escolas, hospitais, estradas. Não pode ir para os bolsos de poucos. A corrupção é inimiga do progresso”, frisou o Presidente.

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