…a instituição assinou um acordo de cooperação com a Escola de Profissional de Penacova

Um caminho de oportunidade para formação técnico profissional acaba de ser colocado em marcha, em Lisboa, Portugal, para cidadãos moçambicanos, que pretendem fazer e/ou prosseguir a sua carreira nas áreas de Turismo e Hotelaria, Informática, Gestão e Administração, e Electricidade.

Com efeito, foi formalizado, no passado dia 12 de Março de 2025, um Protocolo de Cooperação entre a Casa de Moçambique em Portugal (CMP), representada pelo respectivo presidente, Dr. Enoque João, e a Escola de Formação Profissional, Lda. (EBA) de Penacova, representada pelo seu sócio-gerente, Pedro José da Silva Dias.

O acordo visa o desenvolvimento e fortalecimento do ensino técnico-profissional, com ênfase em programas de formação de nível IV, e abrange tanto alunos e ex-alunos como técnicos e formadores de Moçambique.

O protocolo surge com a intenção de melhorar as oportunidades de qualificação profissional para os moçambicanos, ao oferecer cursos de nível IV (com dupla certificação, profissional e académica, 12º ano e cursos intensivos), que serão ministrados na EBA, a partir de 2025.

Este projecto tem grande relevância sócio-económica, uma vez que atenderá tanto a alunos e ex-alunos, como técnicos e formadores, garantindo uma formação de qualidade e possibilitando uma melhor integração no mercado de trabalho. A sustentabilidade do projecto está garantida por um conjunto de normativos legais aprovados e já publicados, em particular na possibilidade de alunos estudarem na EBA.

No quadro da sua autonomia, a EBA está disponível para receber estes alunos e/ou formadores para modelo formativo de actualização técnico-pedagógica, facilitando-lhes cursos profissionais de nível IV, e formação à medida, respectivamente.

Entre as responsabilidades da EBA, destaca-se a formação e acompanhamento dos formandos, garantindo-lhes as condições necessárias, como a facilitação do processo de obtenção de vistos junto às Embaixadas e Consulados de Portugal em Moçambique. A EBA também se compromete a monitorar o percurso escolar, oferecer estágios práticos durante o ano lectivo e emitir a dupla certificação para aqueles que completarem o ciclo formativo com êxito.

Por sua parte, a CMP ficará responsável pela selecção dos formandos, acompanhando o processo de inscrição, facilitando a entrega de documentos necessários para a obtenção de vistos e oferecendo suporte logístico aos formandos em Portugal, garantindo sua instalação e acomodação. Além disso, as duas entidades actuarão em conjunto para garantir o reconhecimento mútuo das formações e a visibilidade do projecto a nível local, regional, nacional e internacional.

O referido protocolo tem validade de três anos, com possibilidade de renovação automática, e representa um passo significativo para o fortalecimento da educação e qualificação profissional de jovens moçambicanos, criando oportunidades tanto em Moçambique quanto em Portugal.

Gelson Muiambo

Categoria: CulturaSociedade