BNI vai apoiar sector de energias renováveis
O Banco Nacional de Desenvolvimento e Investimento de Moçambique foi seleccionado como um dos bancos moçambicanos para participar num projecto patrocinado por entidades da União Europeia destinado a apoiar instituições financeiras no sector da energia, especificamente as energias renováveis.
O projecto visa promover o financiamento local do ecossistema de energias renováveis e é gerido pelo programa GIZ – Financial Systems Development em nome do GET.invest, uma iniciativa apoiada pela União Europeia, Alemanha, Suécia, Holanda e Áustria. A implementação do projecto está a cargo da base IPC GmbH de Frankfurt.
Através de apoio técnico, o programa visa promover o financiamento privado nacional para diferentes tipos de investimentos em energias renováveis, apoiando o BNI no desenvolvimento de capacidades internas para a estruturação de produtos financeiros adequados para o sector, transferindo “know-how” prático na avaliação de aplicações e na concepção de soluções adequadas de mitigação de riscos para a concessão de empréstimos.
O programa terá a duração inicial de um ano e incluirá apoio à estruturação de projectos de energias renováveis actualmente na carteira do BNI.
Por seu turno, Tomás Matola, CEO do BNI, declarou que as energias renováveis fazem parte de um pilar importante para o desenvolvimento do nosso país e uma maior inclusão no processo de electrificação de Moçambique. O BNI, como instrumento de implementação da estratégia de desenvolvimento do Governo moçambicano, tem um papel estratégico na estruturação de projectos de energias renováveis”.
Segundo Rui Chikande, especialista do sector financeiro da IPC, referiu que o potencial de energias renováveis em Moçambique é enorme e praticamente inexplorado, o que constitui também uma grande oportunidade por parte dos Bancos Comerciais em Moçambique. “O quadro regulamentar está concebido para grandes projectos como o hidroeléctrico. Por conseguinte, não está adaptado às energias renováveis, ou seja, a projectos mais pequenos com períodos de desenvolvimento curtos”, acrescentou. “Como tal, muitos agentes do sector financeiro não acumularam experiência no ecossistema das energias renováveis. Através desta iniciativa, propomos formação para melhorar a oferta de crédito no sector das energias renováveis, apoiada por instituições financeiras nacionais”, concluiu.