Biografia de Daniel Chapo

Daniel Francisco Chapo nasceu a 06 de Janeiro de 1977, no posto administrativo de Inhaminga, distrito de Cheringoma, na província de Sofala. Filho de Francisco Chapo (já falecido) e de Helena dos Santos Chiremba, é o sexto filho de uma família de 10 irmãos.

Seu pai, Francisco Chapo, era funcionário dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e sua mãe era doméstica. Devido ao conflito armado, a família viu-se obrigada a sair de Inhaminga para o distrito de Dondo, onde teve sua infância e fez o ensino primário na Escola Primária Josina Machel de Dondo.

Concluiu, em 1996, a 10.ª classe na Escola Secundária de Dondo, para depois seguir para a cidade da Beira, a fim de fazer o nível médio na Escola Secundária Samora Machel. Enquanto frequentava o segundo ciclo do ensino secundário, foi locutor na Rádio Miramar naquela cidade, onde apresentou um programa desportivo, entre 1997 e 1999.

Seguiu, em 1999, para capital do país, a cidade de Maputo, como forma de dar continuidade aos estudos, na sequência da sua admissão ao Curso de Direito na Faculdade de Direito na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição do ensino superior do país.

Já em Maputo, foi integrado na Televisão Miramar como resultado da sua colaboração com a Rádio Miramar na Beira. Na sede daquela estação televisiva, foi destacado repórter e apresentou um programa televisivo, denominado “A Voz do Povo”.

Concluiu, em 2004, o nível de licenciatura em Direito. Porém, continuou a investir nos estudos, tendo feito no mesmo ano o curso de Conservador e Notariado no Centro de Formação Jurídica e Judiciária da Matola, na província de Maputo.

Foi destacado, em 2005, como conservador e notário em Nacala-Porto, na província de Nampula, iniciando assim a sua carreira profissional nesta área até 2009. A convite da Universidade Pedagógica em Nacala-Porto, em 2009, foi professor de Direito Constitucional naquela instituição de ensino superior, onde lecionou as cadeiras de Direito Constitucional e Ciências Políticas.

Como fruto do seu trabalho e engajamento político, em 2009, foi nomeado administrador do distrito de Nacala-a-Velha, onde impulsionou a criação de oportunidades de emprego para jovens, bem como articulou a instalação de investimentos de grande envergadura.

Mesmo com a agenda pressionada devido ao cargo de administrador, Chapo decidiu dar continuidade aos seus estudos, desta vez a nível de mestrado, no curso de Gestão de Desenvolvimento, na Universidade Católica de Moçambique (UCM). Nesta mesma altura, estagiou na Ordem dos Advogados, onde é membro número 544, que suspendeu voluntariamente desde a sua indicação aos cargos de dirigente público.

Acabou por ser nomeado, em 2015, para as funções de administrador do distrito de Palma, em Cabo Delgado. Sua missão em Palma durou pouco tempo, pois foi indicado, em 2016, pelo Presidente Filipe Nyusi, ao cargo de governador de Inhambane.

Ora, o parlamento moçambicano aprovou, em Abril de 2019, um novo pacote legislativo, que passou a determinar que os governadores provinciais passavam a ser eleitos. Nesse âmbito, foi cabeça-de-lista da Frelimo em Inhambane e o partido ganhou as eleições de Outubro de 2019, tornando-se o primeiro governador eleito naquela província.

Daniel Chapo é casado com Gueta Selemane Chapo, com quem tem três filhos menores. É praticante de basquetebol e futebol. Caso vença as eleições agendadas para 9 de Outubro próximo tornar-se-á no quinto Presidente de Moçambique independente, depois de Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza, e Filipe Nyusi.

ALGUMAS REALIZAÇÕES DE REALCE

O Chefe do Estado, Filipe Nyusi, testemunhou recentemente a competência de Chapo, afirmando que apesar de ter ficado por seis meses em frente dos destinos do distrito de Palma, granjeou simpatia naquele ponto do país, ao ponto do Presidente da República ter sido questionado, se eles não mereciam ter alguém com o seu perfil a governar-lhes.

Durante os últimos oito anos (2016 a 2024) como governador de Inhambane, Chapo conduziu a província a ser primeira no país a completar a implantação de bancos em todos distritos, no quadro da iniciativa presidencial “Um Distrito, Um Banco”. Este trabalho foi concluído em Maio de 2019.

Foi no seu consulado e sob sua liderança, que a província de Inhambane organizou duas conferências internacionais de investimento, bem como fóruns distritais de desenvolvimento, facto que catapultou a economia local com atracção de investimento nacional e estrangeiro em diversos projectos estruturantes que asseguraram emprego a mão-de-obra local.

Com a sua direcção, a população da província de Inhambane deixou de pedir comida nos comícios populares, passando a solicitar infra-estruturas de desenvolvimento, tais como: vias de acesso, escolas, fontes de abastecimento de água, rede de telefonia móveis, hospitais e assim como insumos agrícolas.

Nesta linha de desenvolvimento, Chapo procurou empenhar-se para que Inhambane deixasse de ser a província mais pobre do país, passando a ombrear com Gaza como uma das mais criadoras de gado bovino, e a capital das realizações de eventos nacionais e internacionais, tais como Campeonato Africano de Futebol de Praia, a realização da II Conferência “Crescendo Azul”, e recentemente a realização da III edição do “Encontro Nacional da Associação dos Motardes da Pérola do Índico”, tendo reunido motardes de todas províncias, da região da SADC e de Portugal.

No seu consulado registou-se a entrada em funcionamento de grandes projectos de investimentos para o sector agrário na região norte da província; além da aprovação de sete projectos, cujo valor total de investimento é de 9.413,6 milhões de dólares norte-americanos, com perspectiva de criação de 249 postos de emprego para trabalhadores nacionais.

No capítulode infra-estruturas, sublinha-se a importância da sua liderança para a asfaltagem da estrada de Homoíne/Panda, num troço de cerca de 50 quilómetros, uma via relevante no desenvolvimento da província; reabilitação do troço Pambara/Save ao longo da Estrada Nacional n.º 1, num percurso de 200 quilómetros; reconstrução da ponte cais de Morrumbene, que vai garantir segurança no transporte de pessoas e bens; implantação de redes de telefonias em todos postos administrativos; construção de unidades sanitárias nas sedes das localidades; bem como a edificação do Hospital Distrital de Jangamo, estando em curso a construção dos hospitais distritais de Massinga e da Maxixe.

No contexto de unidades sanitárias, detalha-se, ainda, a construção dos centros de saúde de Chipole no distrito de Zavala; Chizapela em Homoíne; Murrie e Guigobane, em Morrumbene; Tevele, na Massinga; bem como duas casas de espera para mulher grávida em Vilankulo e Morrumbene. Está em construção o Centro de Saúde de Cupo, no distrito de Funhalouro.

Com vista a minimizar a escassez de água, foi feito um trabalho que assegurou que actualmente, todas as sedes distritais de Inhambane tenham sistemas de abastecimento de água, faltando o distrito de Govuro, onde já foi lançada a primeira pedra para a construção em Doane. Para os locais onde não há um curso de rios por perto, foram implantadas represas de retenção de água. E nas zonas rurais de Zavala e Massinga, foram construídos novos furos de água.

No sector da educação, enfatiza-se o exercício que está em curso no sentido de garantir a expansão da rede escolar, com a construção de escolas secundárias nas sedes dos postos administrativos.

Deste exercício há resultados tangíveis como as escolas secundárias de 25 de Setembro de Quissico; Chicomo na Massinga; estando, também, em curso a edificação do estabelecimento de ensino secundário de Mapanguela, na localidade de Guma, em Massinga. Faz-se, ainda, saber sobre a entrada em funcionamento de seis escolas primárias.

No campo da agricultura, uma das obras de destaque é o regadio de Chimunda, que vai impulsionar o processo de produção de alimentos na zona norte da província e criar emprego no seio da população.

Considerando que o grande potencial turístico da província, ao nível da cultura e turismo, Chapo liderou a realização anual do festival do Tofo e o festival de Timbila. Implementou os festivais de Mpabe (peixe) no distrito de Inhassoro, Macamba (camarão) em Govuro. Houve, ainda, festivais de Závora, em Inharrime, Morrungulo (em Massinga), com o intuito de promoção da cultura, turismo e gastronomia da província.

PERCURSO POLÍTICO

Daniel Chapo foi, entre 1995 e 1996, secretário para a área da organização na OJM (Organização da Juventude Moçambicana) no distrito de Dondo, tendo se distinguido pela forma como mobilizou jovens a abraçarem o trabalho partidário.

Depois passou a exercer, entre 1998 e 1999, o papel de secretário da Comissão Instaladora do Conselho Distrital da Juventude, na qualidade de quadro e membro da OJM. Já na cidade de Maputo, ocupou, entre 2001 e 2004, as funções de secretário da Célula “B”, no lar universitário da UEM, onde com seus colegas trabalhou para o sucesso da campanha eleitoral no âmbito das eleições gerais.

Foi, seguidamente, secretário da Célula “A” da Direcção Nacional dos Registos e Notariados em Maputo, entre 2004 e 2005, assim como foi eleito, em 2005,  secretário da Célula dos Registos e Notariado, em Nacala-Porto.

Em 2008 foi indicado para desempenhar o papel de director da campanha eleitoral do candidato Chale Issufo, da Frelimo, na Autarquia de Nacala-Porto, onde o partido venceu as eleições, tirando do poder a oposição. Pela sua notoriedade, foi nomeado, em 2009, ao cargo de administrador de Nacala-a-Velha, e chefe-adjunto do gabinete distrital de preparação de eleições. Por inerência de funções foi indicado, em 2012, chefe-adjunto do gabinete distrital de preparação do X Congresso em Nacala-a-Velha.

Chapo foi chefe-adjunto do gabinete distrital de preparação de eleições em Nacala-a-Velha, em 2014. E dois anos depois passou a ser membro do comité distrital da Frelimo no distrito de Palma, onde viria a ser transferido pela sua nomeação à província de Inhambane.

Ocupou o cargo de chefe-adjunto do gabinete provincial de preparação do XI Congresso, em Inhambane, em 2017. No mesmo ano, durante a realização do XI Congresso do seu partido, foi eleito membro do Comité Central (CC), tendo renovado em 2022, no XII Congresso.

Foi, em 2018, chefe-adjunto do gabinete provincial de preparação de eleições, em Inhambane, tendo sido eleito cabeça-de-lista da Frelimo para as primeiras eleições dos governadores provinciais do país em 2019, mercê das reformas da descentralização em Moçambique.

CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Decorreu, no Salão dos Congressos, na Escola Central do Partido, na cidade da Matola, província de Maputo, de 3 a 5 de Maio de 2024, a I Sessão Extraordinária do Comité Central, que contou com a participação de 249 membros dos 254 efectivos e 11 suplentes.

Participaram, como convidados à sessão, os presidentes honorários do partido, Joaquim Chissano e Armando Guebuza. A sessão tinha como ponto único de agenda a eleição do candidato da Frelimo a Presidente da República, nas VII Eleições Gerais de 9 de Outubro de 2024.

A Comissão Política (CP) apresentou ao órgão a proposta de nomes de pré-candidatos a candidatos da Frelimo a Presidente da República: Roque Silva Samuel, secretário-geral; Damião José, membro da Comissão Política; e Daniel Chapo, membro do CC.

Feita a apreciação das propostas, o CC recomendou à Comissão Política para inclusão de mais membros do partido na lista de pré-candidatos. Desse exercício, a CP acrescentou os nomes de Esperança Laurinda Francisco Nhiuane Bias e Francisco Ussene Mucanheia. Por razões de ordem pessoal, Damião José decidiu retirar a sua candidatura, facto prontamente acolhido pelo CC.

O Comité Central elegeu, na segunda volta, Daniel Francisco Chapo, membro do Comité Central, candidato da Frelimo para as VII Eleições Presidenciais de 9 de Outubro de 2024, com 225 votos, o correspondente a 94,1 por cento.


Categoria: Biografia

Parceiros e Clientes