BCI apoia Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro
Teve lugar, este mês, no Auditório do BCI, em Maputo, o lançamento oficial da Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro (APACC). A cerimónia contou com a presença do Ministro da Saúde, Armindo Tiago, de membros associados, de académicos e convidados. Foram partilhados dados estatísticos sobre o cancro pediátrico em Moçambique, seus desafios e perspectivas, assim como foram exibidos vídeos com testemunhos e informações úteis sobre a doença.
Na sua intervenção, o titular da pasta da Saúde salientou o importante papel da esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, na qualidade de “patrona e activista-mor dos esforços nacionais na luta contra o cancro”. Saudou igualmente os mentores da iniciativa, referindo ser esta “a demonstração de que a saúde é uma responsabilidade colectiva, de cada um e de todos nós”. E continuou: “curar algumas vezes, aliviar quase sempre, mas cuidar ou dar conforto deve ser sempre. É nosso papel colectivo juntamente com a APACC, mas é papel das universidades, dos órgãos de comunicação social, trabalharmos juntos, na perspectiva de que a saúde é nossa responsabilidade colectiva”.
O Director de Relações Públicas do BCI, Heisler Castelo David, elogiou, por seu turno, a iniciativa, reiterando que o Banco sempre assumiu uma postura de intervenção activa na valorização de causas relevantes, recordando que “esta não é uma acção isolada. No âmbito da sua política de Responsabilidade Social, e só para citar alguns exemplos, o BCI tem apoiado diversas acções na área da Saúde, tais são os casos da prevenção do cancro da mama; o combate à fístula obstétrica, a consciencialização do Autismo e do albinismo, assim como temos contribuído, anualmente, no apoio a unidades pediátricas do país.
Já o Presidente da APACC, Frederico Congolo, explicou que a APACC é uma associação sem fins lucrativos, criada por membros cujos filhos estão no leito hospitalar em tratamento. “Pais que perderam os seus filhos, na luta contra esta doença, incluindo eu próprio; médicos que enfrentam diariamente as difíceis batalhas de dar esperança aos pacientes e às respectivas famílias; familiares que vivem a tortura emocional causada por esta doença, amigos de pacientes oncológicos pediátricos que também se sentem afectados pela doença”. Congolo indicou, mais adiante, que “quando vivenciamos uma dor profunda, normalmente entramos em depressão. Por consequência perdemos o interesse pelas coisas boas da vida. Mas nós, os membros fundadores da APACC, apesar de estarmos a sarar as enormes feridas abertas pela perda e pelo sofrimento dos nossos filhos, não desistimos de viver. Com muito esforço e trabalho em equipa decidimos ajudar os outros pais que também estão a passar por uma situação similar”. Aproveitou para convidar pessoas e instituições de boa-vontade a juntarem-se a esta causa, informando que existe já um terreno em Marracuene atribuído pela Admistração local. “É lá onde gostaríamos de obter a ajuda de todos para podermos erguer um canto de esperança” – apelou.