Avaliação Multilocal contenta produtoras de cereais em Chókwè

Produtoras de cereais em Chókwè mostram o seu contentamento pelo que consideram resultados impressionantes da testagem de milho geneticamente modificado, conforme as suas próprias impressões no decurso de uma visita do OFAB-Moçambique, quarta-feira (6 de Dezembro) a um dos 6 Campos de Avaliação Multilocal do Projecto TELA no país.

Dolêncio Matavel, Extensionista-Coordenador de Chókwè Sede, acompanhado por 15 produtoras, que se dedicam alternadamente ao cultivo de milho e arroz refere, também ele visivelmente encantado, que “a visita foi boa, pois as produtoras conseguiram ver e perceber como é feito o processo de ensaios de novas variedades de milho que a posteriormente poderão utilizar nas suas machambas”.

As explicações do corpo de investigadores do IIAM afectos ao Centro Zonal Sul (Estação Agrária de Chókwè), conduzidos pelo Eng. Constantino Dhlamini, falando em língua local (Changana), foram instrumentais para que as produtoras assimilassem o que viam, porquanto “viram como elas não alcançam os melhores resultados nesta cultura, por não usarem variedades melhoradas pela investigação agrária”, ajuntou o Extensionista-Coordenador de Chókwè Sede.

Com efeito, Cacilda Balate, Adélia Zimba, Tereza Chaúque e Gilda Chaúque, em representação das produtoras visitantes, foram unânimes à declaração desta última segundo a qual “estamos a ver mesmo que este milho aqui, que tem essa defesa contra a seca e também protecção contra insectos cresceu muito bem e aquele sofreu ali sofreu com o sol e os bichinhos”. Adélia Zimba foi mais longe ao acrescentar com especificidade que “de verdade, a espiga deste milho novo que estão a experimentar para nós neste campo do IIAM é grande, forte e com grãos completos! Só de olhar para esse outro milho ao lado dele, que também não foi pulverizado nem regado e sofreu muito até se estragar vale a pena realmente levarmos aquele que tem protecção.”

Por seu turno Cacilda Balate fechou os comentários em torno do contentamento das visitantes expressando-se como se já fosse chegado o momento de levar às suas machambas as novas variedades de milho geneticamente modificado para a tolerância à seca e resistência a insectos que o país tem vindo a avaliar: “Se este projecto do IIAM estivesse a dizer-nos hoje, que tudo isto já está pronto, com esta visita vimos tudo muito bem e já sabemos o que temos que levar para semear – é esta variedade com protecção que vai dar boas colheitas nas nossas machambas”!

Recorde-se que o IIAM, iniciou as testagens de milho geneticamente modificado em 2017, num Campo de Ensaios Confinados na Estação Agrária de Chókwè, o que tornou esta unidade experimental pioneira no acolhimento de pesquisas do género em Moçambique. Actualmente o IIAM encontra-se na segunda fase da testagem, conhecida por avaliação multilocal por se realizar em diferentes zonas agro-ecológicas previamente aprovadas.

Obedecendo às normas plasmadas no Regulamento de Biossegurança e recomendadas pela competente Autoridade Nacional, a avaliação multilocal de milho geneticamente modificado decorre em Lichinga, província de Niassa; Ribáwè, província de Nampula; Tete, província de Tete; Chimoio, província de Manica; Chókwè, província de Gaza e Boane, província de Maputo.(Roseiro Mário Moreira/Comunitações ProCiência, Arte e Cultura).


Categoria: Sociedade

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