Autoridades proíbem 26 raças de cães perigosas

As autoridades veterinárias acabam de interditar a importação de 26 raças de cães consideradas potencialmente perigosas para a integridade física e vida das pessoas.

Na lista, emitida pela Direcção Nacional do Desenvolvimento Pecuário, destacam-se fila-brasileiro, dogo argentino, pit-bull, rottweiler, staffordshire terrier americano, resultantes do cruzamento com lobos, pastores australiano, alemão, belga malinois e branco suíço.

Este banimento coincide com a subida do número de incidentes com cães, alguns dos quais terminam em morte. Dados oficiais referentes a 2023 apontam para o registo de 13 mortes resultantes de 19.151 mordeduras caninas no país.

As províncias de Sofala, Nampula, Maputo e capital do país têm os registos mais elevados de casos – 4144, 3281, 2402 e 2390 episódios, respectivamente.

Zacarias Macicame, chefe do Departamento de Vigilância e Controlo de Doenças no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, explicou que a perigosidade das raças interditas está associada à sua capacidade genética, porte e potência das mandíbulas e dentes.

Explicou que as estatísticas dos casos de morte em incidentes envolvendo caninos mostram uma relação com as raças acabadas de proibir.

Entretanto, estão previstas excepções na interdição, desde que autorizadas pelas autoridades, nomeadamente “quando destinam-se a serviços públicos ou forças armadas, companhia de deficientes, protecção contra desastres e salvamento, empresas de segurança e canis de reprodução registados”, lê-se no comunicado.

Para o efeito, os interessados devem requerer a autorização da importação ao director nacional de Desenvolvimento Pecuário juntando também os certificados de “pedigree”, vacinação, declaração da finalidade do animal, termo de responsabilidade, endereço e planta de alojamento.

É igualmente obrigatória a esterilização dos cães potencialmente perigosos, de modo a controlar a sua reprodução.


Categoria: Sociedade

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