Industriais do Óleo e Sabão Avaliam Positivamente a Implementação da Isenção do IVA
A Confederação das Associações Económicas (CTA) convocou uma conferência de imprensa esta quinta-feira, 29 de Setembro, em Maputo, para falar da isenção do IVA no óleo alimentar, sabão e açúcar, que avaliou positivamente. Porém, reconhece haver um aperto na indústria destes produtos para compensar a iniciativa do Governo.
“Como resultado da monitoria que temos feito sobre a implementação da isenção do IVA e olhando para todas componentes, nota-se que, sem a isenção do IVA, o preço médio ao consumidor do óleo estaria em 146,25 meticais contra os 125 meticais praticados no mercado, havendo um benefício claro de 21,25 meticais por litro”, disse João Matlombe, representante da Associação das Indústrias de Óleo e Sabão, acrescentado que, “na componente dos sabões, nota-se que o preço médio, sem isenção, estaria em 73,71 meticais contra os actuais 63 meticais praticados, um benefício estimado em 10,71 meticais”.
João Matlombe referiu ainda que “os benefícios são também evidentes no custo da cesta básica estimado em pouco mais de três mil meticais contra os quatro mil que custaria sem isenção do IVA, o que se consubstancia numa poupança estimada em mais de 500 meticais para o consumidor”.
“Estas estimativas de benefícios ocorrem mesmo com a subida do custo da matéria-prima registado no período em análise, em cerca de 371,5% para os óleos e 62,2% para os sabões. Tendo em conta que, no mesmo período os preços de mercado destes produtos subiram, respectivamente 68% e 33%, pode-se concluir que esta subida dos custos das matérias-primas não foi repassada na totalidade para os preços do mercado”, indicou João Matlombe.
Matlombe vai mais longe ao referir que “com este nível de subida da matéria-prima e a percentagem do preço real, percebe-se que a diferença é abismal. Isto quer dizer que está haver um esforço muito grande no sector para compensar o esforço do Governo na isenção do IVA. Então, as empresas estão a abdicar daquilo que seriam as suas margens de lucro para fazer o equilíbrio, porque o poder de compra também baixou e as empresas não podem fixar um preço alto nestas condições”. (DE)