BVM ESPERA ADMITIR MAIS EMPRESAS ATE FINAL DE 2024
O presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, afirmou que é “previsível” que novas empresas sejam admitidas à cotação até o final do ano, ampliando o número actual de 16 empresas cotadas.
A declaração de Valá sugere um otimismo em relação ao crescimento e à dinamização do mercado de acções da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). O balanço do primeiro semestre indica que várias empresas já manifestaram o desejo de se listar na bolsa. No entanto, essas empresas ainda estão num processo de adequação e preparação para a cotação. Valá prevê que, com base no progresso actual, é possível que algumas dessas empresas comecem a ser efetivamente cotadas até o final do ano.
A BVM contava no início de 2023 com 12 empresas cotadas e ao longo do ano viu mais quatro entraram para o ‘portfolio’, todas diretamente no Terceiro Mercado – além do mercado principal, a BVM tem ainda o Segundo Mercado, casos das sociedades WEIYUE (Consultoria e Gestão), Zaya Group (Indústria Avícola), Trassus (Comércio de Mobiliário) e RGS AGRO (Indústria Açucareira).
“A nossa experiência ensina que o crescimento do mercado acionista não pode ficar exclusivamente dependente da opção voluntária das empresas, devendo também contar com o papel indutor do Estado. As empresas de elevada relevância económica no país devem dar o seu contributo ao crescimento do mercado”, acrescentou Valá.
Ele também defendeu que as ‘empresas saudáveis’ do Sector Empresarial do Estado, bem como aquelas obrigadas à abertura de capital, como bancos, seguradoras, operadoras de telefonia móvel, cimenteiras, empresas da indústria extrativa e outras envolvidas na exploração de recursos naturais, deveriam ser admitidas à cotação em bolsas de valores, mesmo que fosse apenas por uma percentagem mínima do seu capital social.