
“Mineração ilegal representa ameaça para a segurança nacional”
Governo sul-africano considerou no sábado, 11 de Novembro de 2023 que a exploração mineira ilegal representa uma ameaça para a segurança nacional do país, que é um dos maiores produtores mundiais de ouro e diamantes.
“A mineração ilegal também tem sido associada a outros crimes como o tráfico de seres humanos, o branqueamento de capitais, o tráfico de armas e explosivos, a evasão fiscal, a imigração ilegal e o crime organizado transnacional. Esta actividade representa uma ameaça à segurança nacional”, afirmou a ministra da Defesa, Thandi Modise.
Intervindo durante uma conferência de imprensa, em Pretória, a governante acrescentou que “existem mais de 6100 minas desactivadas e abandonadas no país, algumas são antigas e os seus proprietários não podem ser identificados. Por ano temos desactivado, em média, 40 minas”.
A ministra sul-africana revelou que até à data foram detidas mais de quatro mil pessoas por envolvimento na exploração mineira ilegal, entre as quais mais de duas mil são cidadãos estrangeiros do Zimbabué, Moçambique, Lesoto, RDCongo, Nigéria, Quénia, Paquistão e Uganda.
“As autoridades governamentais registaram um agravamento de incidentes nos últimos 12 meses em que mineiros ilegais conhecidos localmente como ‘zama zamas’ sequestram comunidades por resgate e cometem crimes violentos, incluindo homicídio e violação”, destacou.
No sentido de acabar com esta actividade, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, aprovou, recentemente, o destacamento de 3300 efectivos do Exército para impedir a exploração mineira ilegal em todo o país. Os militares da Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF, na sigla em inglês) vão trabalhar em cooperação com o Serviço de Polícia da África do Sul (SAPS, na sigla em inglês).
Na África do Sul, a exploração mineira ilegal é frequente, em especial na província de Gauteng, onde se situa a cidade mineira de Joanesburgo.
