BVM desafia UDM e outras Universidades a conceber e estruturar modelos de desenvolvimento mais eficazes e sustentáveis

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Crípton Valá, desafiou, há dias, as universidades nacionais a, a par de serem centros de produção de conhecimento, tornarem-se verdadeiros centros de incubação, capazes de transformar ideias viáveis dos estudantes em projectos empresariais sustentáveis e capazes de gerar renda.

As instituições de ensino superior devem, segundo Salim Valá, assumir a dianteira no processo de transformação através da inovação, por forma que o sistema financeiro, o mercado de capitais e a Bolsa de Valores sejam efectivos mecanismos de oxigenação financeira dos empreendedores que possuem ideias de negócio.

Na sua intervenção, o dirigente da BVM instou a UDM e outras universidades a, perante o esgotamento e ineficácia do modelo de desenvolvimento económico prevalecente, conceber e estruturar novas soluções e caminhos para permitir que o sistema financeiro financie mais as empresas moçambicanas, em particular as PME´s.

O PCA da Bolsa de Valores de Moçambique falava, em Maputo, aos estudantes, docentes e investigadores da Universidade Técnica de Moçambique (UDM), no quadro das aulas abertas, organizadas por aquela instituição de ensino superior, na qual abordou o Sistema Financeiro e o Contributo do Mercado de Capitais: Mitos, Realidade e Tendências.

O timoneiro da BVM lembrou a classe estudantil que a instituição que dirige é uma praça financeira fiável para quem busca financiamento e que tem ao dispor, desde Novembro de 2019, um mercado de incubação, o Terceiro Mercado, que foi concebido a pensar nas Pequenas e Médias Empresas (PME), a pensar nas “star ups”, procurando criar uma plataforma para que as empresas lideradas por jovens estudantes universitários possam ter apoio para crescer e desenvolver-se.

Por seu turno, o Reitor da Universidade Técnica de Moçambique, Severino Ngoenha, reconheceu que as instituições de ensino desempenham hoje um papel vital no que respeita à mudança do estado de coisas, para melhorar as condições de vida da sociedade.

Ngoenha disse que os estudantes devem transformar as suas ideias em projectos concretos, e que as universidades, têm o primordial papel de dar o devido encaminhamento a estas visões empreendedoras.      

No entanto, apontou que subsistem, no país, inúmeros desafios para os indivíduos/estudantes que pretendam empreender e o primeiro é, precisamente, o acesso

ao financiamento.  E sublinhou que “o dinheiro em Moçambique é muito caro” devido às taxas proibitivas que são praticadas no mercado pelas instituições financeiras.

Severino Ngoenha disse que a Bolsa de Valores de Moçambique, e as demais instituições do sistema financeiro desempenham um papel importante no acolhimento e acompanhamento (assistência técnica e financeira) das iniciativas empreendedoras.A finalizar, o professor catedrático Severino Ngoenha mostrou interesse em, com o apoio de outras instituições vocacionadas, criar uma Incubadora de Empresas na UDM, que possa permitir que os estudantes possam ter a devida assistência para criar e fazer crescer empresas que possam gerar emprego e renda.


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