Cooperativas aprimoram estratégia de acesso ao financiamento
O Cooperativismo oferece alternativas para a melhoria da vida e do desenvolvimento sócio-económico por meio de actividades mais participativas, inclusivas e sustentáveis para responder à actual conjuntura económica nacional.
Esta posição foi defendida, em Xai-Xai, Gaza, por segmentos cooperativistas num seminário de auscultação para elaboração do II Plano Estratégico 2023-2027 da Associação Moçambicana para Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM).
Com o apoio do governo do Canadá, por via da SOCODEVI- Sociedade de Cooperação de Desenvolvimento Internacional, estão a ser implementados programas de financiamento de iniciativas, formação para viabilidade e rentabilidade, e formalização de cooperativas.
No entanto, os principais constrangimentos prendem-se com a necessidade da desburocratização, simplificação do processo de constituição e profissionalização da gestão e dos serviços.
Rui Vasco, director das operações da SOCODEVI, explicou que entre as acções em curso há preocupação com o empoderamento da mulher por via do apoio a actividade agrícola, que constitui a principal fonte de subsistência da população nacional.
“A nossa abordagem está voltada para a cadeia de valor da batata-doce, hortícolas e feijão. Muito brevemente vamos apoiar a produção, processamento e comercialização do piripiri”, disse.
Helena Bandeira, presidente da AMPCM, disse que a agremiação vai apostar na inclusão de novos membros, por entender que o cooperativismo possui vasta relevância económica e social, capaz de gerar oportunidades de emprego e auto-emprego, aumentar a produção de bens e serviços de modo a contribuir para a segurança alimentar.
Nas províncias de Gaza e Maputo cerca de 2.500 mulheres e raparigas membros de associações agrícolas vinculadas à União Nacional dos Camponeses (UNAC) e seus familiares, estão a beneficiar de vários tipos de apoio. A ideia é que dentro de seis anos sejam envolvidas mais 15.000 pessoas. Em Gaza, o projecto é implementado nos distritos de Chókwè, Guijá e Mandlakazi.