
COMBATE AO TERRORISMO: Nyusi espera contínuo engajamento da Europa
O Pressidente da República reitera agradecimento à União Europeia (UE) pelo apoio que tem prestado ao país para o combate ao terrorismo, esperando que o mesmo continue até à reposição total da tranquilidade nas zonas afectadas.
Filipe Nyusi manifestou esta expectativa ontem, em Maputo, discursando na abertura da 42.ª Assembleia Parlamentar Paritária dos Países da África, Caraíbas e Pacífico – União Europeia (APP ACP-UE), evento que termina amanhã.
O Chefe do Estado disse ser desejo nacional que o equipamento militar, que faz parte da ajuda da UE a Moçambique, inclua também material letal, com vista a robustecer as Forças de Defesa e Segurança (FDS) para a sua intervenção combativa.
Segundo o Presidente da República, é também vontade dos moçambicanos que o apoio europeu anunciado para a Força Conjunta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM), seja extensivo ao Ruanda, pois a sua contribuição é visível e com os resultados de grande impacto no terreno.
Na ocasião, Nyusi recordou o impacto devastador do terrorismo na província de Cabo Delgado, exaltando, no entanto, o papel das FDS e das forças amigas nas acções em curso para a reposição da paz, o que tem permitido que os terroristas estejam cada vez mais a perder o terreno.
“A União Europeia tem sido um parceiro estratégico no reforço da capacidade operativa das nossas Forças de Defesa e Segurança, sobretudo na área de formação e nas acções de reconstrução, através do Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte (PREDIN)”, reconheceu o Chefe do Estado.
Falando especificamente sobre a 42.ª Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE, que foi antecedida pela 61.ª Sessão da Assembleia Parlamentar da Organização dos Estados da ACP, Nyusi disse tratar-se de uma oportunidade para os deputados reforçarem os laços de trabalho e a visão comum de um desenvolvimento partilhado.
Registou o facto de constar no topo da agenda desta reunião a discussão sobre os desafios globais da cooperação para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, para além das matérias relacionadas com o combate ao terrorismo na África Subsariana.
No quadro da cooperação do grupo ACP-UE, Nyusi espera que Moçambique possa merecer uma atenção especial no reforço da resiliência para fazer face aos “efeitos catastróficos” das mudanças climáticas e dos desastres naturais.
“Na nossa qualidade de campeão da União Africana (UA) na gestão do risco de desastres, exortamos aos parlamentares dos países da ACP-UE para que coloquem a agenda climática e a conservação da natureza no centro das atenções”, vincou.
